No céu de Amor...Eu vi teu céu
Entre a folhagem do arvoredo, senti a frescura da manhã
desviei o ramo de acácia, senti o orvalho na minha face
ouvindo o correr do riacho, caminhei calmamente... livre
quando a ave levantou voou, levantei o olhar, pintei o céu.
Nos passos de meus passos, oiço o teu coração palpitante
debruço-me sobre o fio de água, onde os peixes são felizes
na palma da minha mão, bebi o céu, na água do amor doce
senti o teu perfume, na fragrância de mil flores, vi teu céu.
Nos teus pés, sobre a relva, resvalei meu dedos de ternura
o meu olhar, verde, encontrou no teu olhar belo, a esperança
bebemos da mesma água doce, na concha das nossas mãos
nos lábios vacilantes encontrámos a ternura, beijando o céu
Entre a folhagem do arvoredo, senti a sublimidade do amor
a melodia das palavras, encontram eco, as aves voam felizes
gestos suaves, intensos, excelência do desejo, fazendo amor
corpos de ternura, somos um só na elevação, beijando o céu.
Gestos suaves, intensos, excelência do desejo, fazendo amor
No céu de amor...Eu vi teu céu!
Esta manhã li algo parecido com a história que vos escrevo a seguir, e pensei em tantos exemplos de pessoas que andam vivendo momentos tão difíceis em Portugal.
"Nunca subestime o poder das suas acções. Com um pequeno gesto pode mudar a vida de uma pessoa. Para melhor ou para pior."
(Autor Desconhecido)
Obrigado por me restituíres a esperança, para que eu possa honrar com alegria o dom de viver.
Para isso, basta que se aproximes de mim sem asco, para que eu saiba apesar de todo meu infortúnio que ainda sou teu irmão.
Esta é a mensagem dos homens e mulheres, como tantos que caminham pelas ruas, com um semblante triste - Se não os pudermos ajudar, pelo menos não os menosprezemos, tornando ainda mais pesado o seu fardo.
No meio destes dias de crise, vamos olhar nos olhos aqueles que precisam de uma mão amiga.
Ser mãe...
Hoje acordei e pensei no melhor que Deus fez...
Entre vários pensamentos e razões elegi o - “Ser Mãe” -, coisa que não posso ser - Sou Pai; mas admiro a mulher predestinada a tal missão tão digna, sublime e linda.
“ Ser mãe é andar chorando num sorriso! Ser mãe é ter um mundo e não ter nada! Ser mãe é padecer num paraíso.”
Coelho Neto.
“Pode secar-se, num coração de mulher, a seiva de todos os amores, nunca se extinguirá o do amor materno.”
Júlio Dantas.
“Esposa e mãe! Que suaves nomes! Que fonte inesgotável de venturas! Que inefável tesouro de alegrias! Tão castas e tão puras!”
B. Guimarães
“Amor de mãe quem tiver deve guardá-lo no peito; que não há amor de mulher que seja tão perfeito”.
Júlio Dantas.
Memórias do Alentejo – Minha Infância
Quem pode desfrutar da compensação de olhar o horizonte
no cume do monte, sem ter um objectivo prático, senão o poeta?
Ele sabe, “que é único no seu sonho, naquele lugar sem igual
arquitectado por Deus, no atelier da nobreza de carácter
entre pinheiros, na fronteira do Chaparral, salpicando a planície
no horizonte saudoso da memória.
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“Avez – vous quelquefois, calme et silencieux,
Monté sur la montagne en présence des cieux? “
... de mãos dadas com a memória, eu sou:
Senhor de mil ninhos de esperança.
Olho o voo cadenciado do pintassilgo;
perdido entre sorrisos na gargalhada
andorinha de vestido, preto e branco
faz no beiral vermelho, a sua morada.
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Pé ante pé, quase em silêncio, escuto,
filhotes de perdiz na moita em frente
sinfonia, alegria; no cimo do salgueiro
sou senhor de mil ninhos, doravante.
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A fisga...que “pinta” de arma, no bolso
orgulho de quem sabe viver no campo
sou caçador, entre quimeras vivo solto
qual criança, como águia estou voando.
~~~~
Ser criança, é ser livre, feliz no ensejo
ontem, hoje, amanhã; que sonho terno
vou ver-vos, meus amigos D`além Tejo
aqui o mar dança, no céu assim tão belo.
~~~~
Senhor de mil ninhos de esperança.:)
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((COMPROMISSO, PORQUE TE TEMO TANTO?))
Não tenha medo de se COMPROMETER livremente naquilo que acredita, verdadeiramente. Porquê esse pavor?- Os homens e mulheres de carácter justo e forte, não existem mais? - Existem. mas estão a deixar-se levar pelo politicamente correcto, na onda do facilitismo; em quase todos os sectores da sociedade actual.
Qual a razão porque o Compromisso tem deixado de ter importância na sociedade actual?
O político não honra o compromisso. O empresário nega a sua validade. O Marido já não quer o compromisso na sua condição de comprometido com o casamento. A Esposa perdeu o interesse, deixando de acreditar na veracidade do “Amor Eterno”. Porque, agora, só é “eterno” enquanto dura.
O conhecido escritor e conferencista, Dr. Howard Hendricks, numa das suas aulas contou o desabafo” de um homem que veio ter com ele para se aconselhar; dizia ele:
A minha vida conjugal deixou de ser motivo de alegria; é um fardo. A minha esposa é insuportável, nada está bem para ela.
Mas, meu amigo – respondeu o Dr. Henricks – Como foi o senhor, casar com uma mulher assim?
Antes ela não era assim..
Ah..pois... já percebi! O senhor transformou-a nisso ...
Há um medo de compromissos. O compromisso responsável, leva-nos a ser melhores indivíduos, em todas as vertentes do ser humano.
O Compromisso cúmplice, entre duas pessoas que se amam, permite que sejam melhores companheiros – melhores amantes – melhores esposos – melhores pais/mães – melhores irmãos – melhores filhos e melhores amigos.
O meu compromisso é fazer a minha esposa mais feliz. O compromisso de amor não é imposto por ninguém, vem do coração. Essa cumplicidade - comprometida -, é a chave para ultrapassar, os múltiplos problemas que surgem numa vida a dois.
A nova "doutrina" do "Curtir" ou "usar ",mas só até, que aconteça alguma dificuldade; ou, enquanto não surgir alguém novo, no meio da relação"; é, além de tudo, um triste sintoma de falta de maturidade na sociedade actual.
Para crescer na direcção do um amor maduro, cúmplice, mais sábio, sadio e glorioso, é imprescindível caminhar de mãos dadas, sem medo do diálogo, nem de abordar os assuntos desagradáveis.
Quando sou cumpridor do meu “compromisso”, fico realizado,, melhor pai de família e, sem sombra de dúvida, muito mais amado, por quem foi "alvo” do meu esforço, prazeiroso e feliz.
**AMAR É UM COMPROMISSO CÚMPLICE, LIVRE; - NA PROCURA DA FELICIDADE A DOIS.**
A Parábola do Trigo e do Joio
""Jesus propôs-lhes uma parábola dizendo:
O Reino dos Céus é semelhante ao homem que semeia boa semente no seu campo.
Mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, semeou o joio no meio do trigo e retirou-se.
Quando a erva cresceu e frutificou, apareceu também o joio.
Os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor, não semeas-te tu, no teu campo, boa semente? Porque tem, então, joio?
Ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. Os servos lhe disseram: Queres, pois, que vamos arrancá-lo?
Porém ele lhes disse: Não; não arranqueis o Joio, para que, ao colher o joio não arranqueis o trigo com ele.
Deixai crescer ambos, juntos, até à ceifa... ... ... ... ... ...""
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Ontem, pela segunda vez, assisti ao filme: “O Reino dos Céus”.
Considero-a uma longa metragem soberba, na forma grandiosa como retrata o bem e o mal, não sendo preconceituosa com as “partes”. O lado Cristão, é analisado ao mesmo nível da face Muçulmana.- Prevaleceu a justiça, colocando em primeiro lugar a honra, a verdade e as pessoas; e não a vaidade ou o fanatismo ideológico/religioso.
Na parábola apresentada no texto bíblico, o próprio Jesus Cristo demonstra ,através da parábola, a TOLERÂNCIA; não para com os actos indignos pintados com a malvadez; mas, com as pessoas que teimam em viverem vidas prejudiciais , para si e para com aqueles que os rodeiam - Tolerar pacientemente, com a esperança que alterem o percurso de vida, no sentido positivo e justo da mesma. - TRIGO O BEM – JOIO O MAL -.
“O Trigo e o Joio” existem nos vários campos da nossa vida. Não importa a religião, ou o sentido ideológico que nos norteia. O “ MAL” sempre existiu e vai caminhando ao lado do “BEM”
A nós, cabe-nos a responsabilidade de escolher o caminho certo; em cada situação da nossa vida.
Levanto o olhar na planície, cujo horizonte distante, me faz sonhar na viagem do tempo.
Vejo o ondular dourado das searas, dançando no ritmo lento, qual mar alto em dias de bonança.
Oiço a voz da minha mãe, a chamar-me, enquanto eu, no meu gargalhar de criança, brincava às escondidas, debaixo de uma parreira, com a minha melhor amiga.
Na minha memória, revejo as brincadeiras da apanhada – do jogo da “slitra”- da inteira ou do pião.
Sinto o cheiro do pão," acabadinho" de fazer no forno comunitário da aldeia; enquanto nós, crianças, disputávamos entre risadas, o jogo da “cabra cega”.
Escuto, através das ondas intemporais, a voz dos meus pais, a “fazerem” a açorda de peixe, com poejos, nas margens do rio Degebe; enquanto eu, a minha irmã e o “”faz no ninho”, - o mais novo; agitàva-mos as águas para molharmos o que já estava molhado: "lol" - estávamos dentro de água -.;).:):)
Hoje, sempre que possível ainda comemos as “abençoadas ervas do campo” tal como faziam os nossos avós, desde tempos remotos, nesta terra abençoada.
Aquilo que hoje apreciamos como petiscos raros - alguns à beira do desaparecimento -, já mataram a fome a muita gente, no passado recente.
Refiro-me ás ervas do campo: - às frutas silvestres, aos cogumelos, aos poejos, beldroebegas, acelgas, agriões da ribeira, espargos, amoras das silvas, medronhos, figos da Índia, silarcas. - deliciosos aromas que temperam as nossas açordas e migas, os licores e aguardentes.
Hoje é dia de vos convidar a visitar o nosso Alentejo: Vem, saborear demoradamente, os sabores inolvidáveis da natureza – Aqui, o tempo tem tempo, para, calmamente, desfrutar da liberdade de ser mais feliz, entre um abraço e um sorriso, num horizonte sem fim:):).
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